A direção de arte tenciona construir planos que explorem dualidades, diferentes vibrações e até mesmo opostos. Nesse sentido pensamos em adequar cenários conforme as percepções que: tanto a direção de arte, quanto o restante da equipe, tiverem com relação aos entrevistados. Para isso julgamos necessário que haja uma sintonia entre nós. Dai a ideia de construir esse blog - afim de trazer visualmente tudo aquilo que em palavras torna-se difícil de explicar, ainda mais quando estamos envolvidos com outros modos de arte, que por suas próprias naturezas escapam aos códigos linguísticos convencionais.
Apesar da existência de um questionário comum, encaminhado a todos os entrevistados, julgamos interessante nos embasar também naquelas percepções sensíveis que nos assaltarão quando estivermos diante daqueles que darão vida pratica ao nosso "projeto-embrião". Por esse motivo revela-se de grande importância que, se possível, consigamos notar tendencias pessoais desde o primeiro contato até o último: os tímidos; os expansivos; os comportados; os desbocados; os organizados; os desorganizados; os românticos; os práticos...
Longe de construir esteriótipos ou casas de "barbies", perfeitas, moduladas e cheias de "objetos identitários falantes", nossa intenção é seguir um fluxo leve, estabelecendo uma composição que intercale, através de recursos os mais simples possíveis, esses diferentes matizes. Trazendo a tona singularidades que cada um desses seres carregam, em uma composição abrangente e harmônica.
Um plano portanto que, apesar de estar com foco na individualidade, não perca de vista o conjunto da obra, dando ensejo com isso, através da exploração de opostos, a um gráfico senoide ou à uma espécie de "melodia visual".